Que rosas fugitivas foste ali:
Requeriam-te os tapetes - e vieste...
- Se me dói hoje o bem que me fizeste,
É justo, porque muito te devi.
Em que seda de afagos me envolvi
Quando entraste, nas tardes que apareceste
-Como fui de percal quando me deste
Tua boca a beijar, que remordi...
Pensei que fosse o meu o teu cansaço
-Que seria entre nós um longo abraço
O tédio que, tão esbelta, te curvava...
E fugiste... Que importa? Se deixaste
A lembrança violeta que animaste,
Onde a minha saudade a Cor se trava?...
Mário de Sá-Carneiro
3 comentários:
Oi Amiga
Vim fazer uma visitinha ao teu espaço.
Parabéns pelo teu blog. Ele está lindo
Bjos
Maria Souza
Estive por aqui em visita ao seu blog! Abraços Ademar!!
Boas-festas e um 2010 muito feliz, com saúde,paz, amor e poesia...e melhor para todo o Mundo.
beijinho,
Véu de Maya
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