Teresa Ricou, a mentora, melhor a “alma” do Chapitô organizou um debate sobre este controverso e muito “odiado” Acordo Ortográfico que teve a orientá-lo Teresa Salema presidente do Pen Clube, professora universitária e escritora e uma acérrima defensora da abolição do Acordo.
Os presentes eram na sua maioria defensores da língua portugesa com as suas diferenças, as suas características, a sua identidade considerando desnecessário qualquer nivelamento com a ortografia de outro país lusófono, como por exemplo o Brasil.
Foram esmiuçadas até à exaustão as incongruências de um acordo que se pretende de uniformização da língua na sua forma gráfica mas que acaba por evidenciar e mesmo causar uma ruptura entre o que se escreve e o que se lê e sobretudo o que se quer dizer.
Só um exemplo: os espectadores de uma tourada assistem à forma como se espetam as farpas no touro. Segundo o Acordo a frase seria os espetadores de uma tourada assistem à forma como se espetam as farpas no touro. Em que ficamos, quem assiste espeta ou quem espeta assiste?
E os exemplos sucedem-se.
E os exemplos sucedem-se.
Este acordo nasce de uma série de
irregularidades, de omissões, de ostensiva ignorância de pareceres
desfavoraveis sobre o mesmo, que levam à sua assinatura do mesmo e da
consequente entrada em vigor.
Alguém estava interessado em pô-lo em prática. O porquê deste interesse permanece no segredo dos deuses ou talvez não
Alguém estava interessado em pô-lo em prática. O porquê deste interesse permanece no segredo dos deuses ou talvez não
Mas quem ama a língua portuguesa na sua
génese, tal como FernãoLopes, Gil Vicente e Camões a falaram, tem agora a
oportunidade de manifestar a sua vontade enviando uma petição
requerendo a sua nulidade.
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